segunda-feira, 15 de abril de 2013

Review: Ibanez S570dxqm x Ibanez RG350dxz x Tagima E2 x Cort Viva Gold II

Então pessoal, alguns dias fui em uma loja testar essas quatro guitarras.
Quando cheguei na loja já fiquei impressionado de ainda terem a Cort Viva II, que já saiu de linha a algum tempo, e também por terem a Ibanez S, que não é muito popularizada no Brasil, ainda mais aqui em Vitória - ES.
Muito bem, vou descrever cada uma e depois coloco minha opinião:

Ibanez S570DXQM

Braço: Três peças em Maple
Corpo: Mahogany com a parte de cima em Maple
Escala: Rosewood 24 casas
Trastes: Jumbo
Ponte: ZR com o sistema ZPS2
Captadores: INF (H S H)
Espessuras do Braço: 1º > 19mm 12º> 21mm
Preço: R$ 2500,00 à R$ 3200

Minha opinião: Uma guitarra linda. As laterais dela são super finas, isso deixa ela bem leve e confortável. Só de olhar pra ponte você se assusta, um visual totalmente refeito dessas ZR, e o sistema ZPS2 garante maior estabilidade e facilidade na hora de tocar e de trocar as cordas (não precisa ficar colocando apoio atrás da ponte pra afinar rsrs), segura muito bem a afinação, não sei se suportaria Steve Vai brincando com ela, mas comigo foi bem. O preço da loja tava meio salgado, R$3550,00, mas é que essa loja é cruel mesmo, mas na internet você acha ela bem mais barata. Visual bonito, braço fino e gostoso de tocar. Não gostei muito da marcação, é quase invisível no escuro. Os captadores são os novos padrões da Ibanez, são legaizinhos, e se trocar por melhores ela se torna uma TOP.

Ibanez RG350DXZ

Braço: Três peças em Maple
Corpo: Basswood (a madeira do baixo kkk, vi isso em algum tópico aqui)
Escala: Rosewood 24 casas com marcações em "Dente de Tubarão duplo"
Trastes: Jumbo
Ponte: Edge-Zero II com sistema ZPS3Fe
Captadores: INF (H S H)
Espessura do braço: 1º> 19mm 12º> 21mm
Preço: R$ 1500,00 à R$ 2000,00

Minha opinião: Guitarra bonita (mas entre as RG's ainda ficaria com as braço em maple rs), Lembra um pouco a JEM's para os fanáticos em Vai (como eu), o escudo perolado com hardware preto dão um contraste agradável aos olhos. A ponte também tem um visual bem cabuloso, com sistema ZPS3Fe, que não tem nada de diferente do ZPS2, só o nome, esse sistema possibilita um estabilidade na hora de tocar e na hora de afinar. A ponte segurou bem, mas achei que deixou um pouco a desejar quando soquei ela mesmo. Captadores padrões INF, não há necessidade de falar deles novamente. Apesar das medidas serem as mesmas, achei o braço mais um pouco mais grosso do que a S570.

Tagima E2

Braço: Marfim
Corpo: Cedro
Escala: Marfim escalopada com 22 trastes e marcações em abalone.
Trates: Jumbo
Ponte: Floyd Rose System cromada
Captadores: 2 Humbucker modelo Hot Bucker, 1 Single T-Standard Tagima
Espessuras: Boa pergunta, também não sei.
Preço: R$2000 à R$ 2500,00
Acompanha Case

Minha opinião: Guitarra que junta a ideia da stratocaster padrão com as superstratos. A ponte não é original Floyd Rose, não no modelo E2, é uma cópia que a Tagima fez, mas ela segura bem a afinação, e aguentou direitinho as alavancadas profundas (a la Vai). Captadores muito razoáveis, o nome aparenta trazer potência, mas não é isso que acontece. Guitarra meio pesadinha. Eu particularmente não gosto de braço escalopado, acho tudo muito mole demais pra tocar e duro demais pra slide (minha opinião apenas), mas pra quem procura um braço nesse estilo é uma boa pedida. Essa é aquela guitarra que você está pagando o nome do artista escrito no Headstock, ela é bem inferior a E1, assim como também a K2, JA2, todas essas séries com essa linha de produção. Não estou puxando o saco pra ninguém, mas essa guitarra não poderia ultrapassar os R$ 1500,00, acompanhando o case, que por sinal é lindo.

Cort Viva Gold II

Braço: Maple Canadense
Corpo: Soft Maple
Escala: Rosewood 24 trastes
Trastes: Jumbo
Ponte: Double Locking III Tremolo
Captadores: PSEG4-F & BBEG5-M & PSEG4-R (H-S-H)
Espessura: 1º> 20mm 12º> 21mm
Preço: R$ 1200 à 1800

Minha opinião: Fora de série, mas algumas lojas ainda possuem. Guitarra bonita, por ser natural, e eu gosto desse estilo limpo (rsrs). Corpo bem ergonômico, mas não tão leve quanto deveria ser, por causa do corpo em Soft Maple. A ponte é legal, não faz milagres, é desenvolvida pela Cort. Captadores são legais, achei melhores que o das Ibanez, eles tem um ganho legal (H's), guitarra bem versátil, você pode tanto tocar numa banda de Axé (se mata) quanto em uma de Heavy Metal (esse é o objetivo da maioria das empresas hoje, fazer guitarras versáteis). Achei o braço meio grosso e desconfortável, mas já ouvi falar que as Viva-Custom não são assim. Enfim, de todas o melhor custo benefício. Ela vale o que custou, ainda mais agora fora de série.

CONCLUSÃO: 4 Guitarras fantásticas, talvez nem seria justo compara-lás, mas a minha preferida é a S570, mas tem também as S420 que estão na mesma faixa de preço das RG's, porém não posso falar nada sobre elas, além da beleza da pintura. O acabamento de todas é bom. A cort tinha um defeitinho na pintura da ponte, ou arranhado, mas o cara da loja disse que se levasse ela ele daria R$ 100 de desconto por aquele incidente (rsrs). A tagima acompanha case, (legal) mas você paga o nome do cara (:/), as Ibanez você pega a marca no Headstock (culpa do Vai e do Satrianni), mas as pontes são fantásticas. A Cort vale o que custou, mas o braço é meio largo. Enfim, é impossível apenas com Review's você saber o que comprar, aconselho a vocês fazerem igual eu, ir a uma loja testar e comprar pela net, onde sai mais barato. Eu já tenho minha preferida, e estou pagando um pouco mais pela marca mesmo, mas fazer o que, quando a gente gosta faz loucuras! (Putz, que frase gay - Ignorem!). Se você tem dinheiro pra investir, aconselharia as Ibanez, se quer moral entre leigos aconselharia Tagima E2 e se quer custo-benefício aconselharia a Cort Viva Gold II.

É isso galera! Espero que tenham gostado do Review. Abraços.

domingo, 31 de março de 2013

A ORDEM DA CADEIA DE PEDAIS



A eterna discussão sobre como posicionar os pedais de efeitos:

Uma coisa da qual, nós guitarristas, não vamos nos livrar tão cedo, é a discussão com relação ao posicionamento dos pedais efeitos. Particularmente, eu fico muito feliz com esse tipo de discussão pois mostra que os guitarristas estão realmente interessados em tirar o melhor som possível do seus sets. Para alguns guitarristas que tem grandes sets de pedais essa discussão fica mais séria devido à grande cadeia de pedais que tem que administrar. É muito comum vermos duvidas sobre o assunto e mais comum ainda vermos sugestões sem nenhuma base, por conta disso resolvemos criar um post que tenha as justificativas para que o guitarrista possa entender o motivo da sugestão. A sugestão abaixo é o modelo mais comumente usado. Lembrando que todas as sugestões mostradas nesse tópico também se aplicam aos nossos amigos baixistas.
Mas antes de mais nada digo uma coisa: Testem tudo para achar o que funciona melhor para você e para o seu set!

1. Filtros e afins:

No inicio da cadeia, sugerimos que sejam colocados os efeitos de filtro como Wah Wah, AutoWahs e até mesmo pedais de Phaser. Por que? Devido ao fato de esses efeitos serem dependentes da dinâmica do guitarrista para a sua atuação. Ou seja, o efeito produzido depende de como o guitarrista toca e, se posicionados mais a frente na cadeia podem perder parte dessa variação.
Vista de cima do Filtro da Moog
Moog Filter
Caso você use um pedal de fuzz e esteja tentando buscar aquele timbre a lá Hendrix a essa altura já deve estar se perguntando quanto à posição do Fuzz em relação ao Wah Wah, não é verdade? Digo duas coisas quanto a isso: primeiro de tudo você tem que levar em conta alguns detalhes quanto ao uso de Wah Wah e Fuzz juntos conforme conversamos anteriormente e, segundo, testar! Esse é o segredo. Até por que, o que funciona bem pra maioria pode não ser o que vai funcionar bem pra você.
Wah Wah - O mais clássico dos efeitos de filtro
Wah Wah – O mais clássico dos efeitos de filtro
Também sugiro que os efeitos de equalização e afinadores sejam colocados no inicio do set para que possam trabalhar com o sinal mais limpo possível.
Compressor:O compressor é um coringa que pode ser usado em diversas partes do set conseguindo-se resultados bastante variados. Se colocarmos ele aqui no inicio, teremos para o resto da cadeira um som mais constante, com menos dinâmica bom o suficiente para fazer todos os seus outros efeitos funcionar como devem. Essa é o uso mais comum para esse efeito.

2. Pedais de drives e distorções:

Logo após os efeitos limpos e os filtros podemos começar a posicionar os efeitos de ganho. Não existe uma regra sobre como ordenar vários pedais de drive ou distorção. No entanto eu uso o seguinte raciocínio: sigo a ordem da quantidade de drive/distorção de cada pedal de modo que ao usar um deles, eu tenho a opção (quase sempre) de usar o anterior como booster do seguinte caso necessário.
Um versátil drive da Vox
Vox Satchurator
Uma coisa extremamente importante de mencionarmos é que esses pedais de ganho devem ser inseridos antes dos pedais de modulação. Você pode até tentar o uso deles depois de um Delay, por exemplo, mas não acredito que o resultado vá ser dos mais satisfatórios são.
Equalizer:
O uso do equalizer é mais comum de acontecer no inicio da cadeia como mencionei anteriormente, no entanto você pode achar interessante fazer o teste dele logo após os drives/distorções/Fuzz do seu set, uma vez que usando-o nessa posição você consegue controlar com muita precisão o ‘shape’ do seu efeito. Vale muito o teste!

3. Modulações:

Em alguns sets, os drives são a base dos efeitos, em outros isso acontece com as modulações. Não é incomum vermos sets com vários pedais de modulação juntos conseguindo sons fantásticos, sendo assim vamos ver como posicionar essas crianças: :)
Nano Clone – O chorus usado no Nevermind
Após os drives e distorções. Esse é o lugar onde você deve posicionar o seu Flanger, Chorus, tremolo e afins. Se você já tiver testado o phaser lá no começo da cadeia e não gostou do resultado, esse será o lugar onde você deve colocá-lo. As modulações são efeitos que, por trabalharem muito o sinal em vários estágios, são famosos ‘comedores’ de sinal e por isso trabalham muito melhor se posicionados depois dos efeitos de ganho. Primeiro pelo fato de trabalharem depois que o sinal já foi amplificado e, posicionando-os depois desses pedais de ganho, não corremos o risco de diminuirmos muito o ganho e a dinâmica do sinal antes de mandar para os drives e distorções.
O mais clássico dos Phasers
Phase 90 – O mais clássico dos Phasers
Phaser: Como havia dito, você tem duas opções para posicionar o seu Phaser: Pode tentar usá-lo no começo da cadeia, junto com os pedais de filtro ou no junto com as modulações. Posicioná-lo no inicio da cadeia irá funcionar lindamente se o seu som for basicamente um som limpo. No entanto, se você costuma usar o phaser em sons sujos é recomendável que o posicione junto das outras modulações
Ptich-Shifting:  Esses pedais costumam trabalhar melhor com sinais comprimidos, e isso é basicamente o que fazem os nosso pedais de drive e distorção. Dessa forma, é altamente recomendável que esses pedais sejam posicionados logo depois dos drives/distorções.

4. Efeitos de tempo:

O nome efeitos de tempo deve ter causado alguma confusão na cabeça de vocês. Afinal, o que é isso? Os efeitos de tempo, como sugere o nome, usam de alguma forma o tempo para trabalhar o sinal que recebem. Os dois principais exemplos dessa categoria são os delays e os reverbs. Por que separar esses dois efeitos das outras modulações? Principalmente por que o uso deles é um pouco diferente dos outros efeitos de modo que vale a pena falarmos um pouco sobre eles separadamente.
Memory Man Deluxe - EH
Memory Man Deluxe – Um dos mais clássicos Delays da história.
Se pararmos para pensar um pouco sobre o objetivo de usarmos Delay e Reverb em nossos sets já conseguiremos concluir do motivo de usarmos no final da cadeia. Esses pedais, tentam simular respostas de ambientes ao som do nosso instrumento seja a reverberação de uma catedral ou o eco de uma caverna ou vale. Esse efeito natural aconteceria com o som da nossa guitarra ao ser jogado no ambiente, certo? Então não existe motivo para não usarmos o som final do nosso set nesses efeitos, concordam? Além do mais são também grandes ‘comedores’ de sinal.

Eu sugiro que o reverb seja colocado por último na cadeia por dois motivos: Se você precisar cortar o som, alterar um efeito ou coisa similar o reverb vai continuar a responder naturalmente e segundo pelo fato de ficar mais similar à tradicional configuração que traz os reverbs já no amplificador.
A essa altura você deve estar se perguntando: Perai, mas cadê os pedais de booster nessa brincadeira? Então vamos falar um pouco sobre eles:
Boosters: Esses pedais são reais coringas e podem ser usados em vários locais do seu set com finalidades distintas e resultados tão distintos quanto. É muito comum também vermos vários deles sendo usados em conjunto. Vamos lá:
1 – Você pode usá-los no inicio do set: esse uso proporciona um aumento substancial da dinâmica e consequentemente da resposta dos pedais que vem logo depois dele.
2 – Após os filtros e antes dos drives: Irá aumentar a resposta dos pedais de filtro, e aumentar a saturação dos drives que vem logo depois dele. :)
3 – No fim da cadeia: Essa é uma boa configuração para tentar recuperar um pouco do som que é perdido durante a cadeia e principalmente nas modulações, no entanto, para esse uso eu recomendaria o uso de um buffer. Conversamos sobre chaveamentos usando buffer anteriormente e já da pra ter uma noção de como ele trabalha.
Ernie Ball Volume Pedal
Ernie Ball Volume Pedal – Um dos pedais de volume mais usados.
Volume: Esse pedal não é propriamente um efeito mas vale a menção. Pode ser colocado em QUALQUER lugar do set. No entanto, como você pode querer usá-lo como no meio de músicas pra fazer aquele efeito tipo ‘violino’ que alguns guitarristas costumam fazer com o controle de volume da guitarra, eu sugiro que ele seja colocado logo antes dos Delays e Reverbs.
Depois dessa leve pincelada no assunto eu tenho uma última coisa para reforçar com vocês: tudo que eu disse aqui são apenas sugestões. O que deve realmente guiar na montagem do seu set, desde a escolha dos pedais até o posicionamento dele deve ser o seu ouvido. Sempre!
Postem ai nos comentários como vocês organizam os seus pedais.
Abraços e até a próxima.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

ENCORDAMENTO X TIMBRE

A relação espessura das cordas X bom timbre é real. É fato que cordas mais grossas produzem um timbre, corpo e sustain bem melhores, pois os captadores nada mais são do que pólos geradores de campos magnéticos, então quanto maior a massa do corpo que vibra (corda) maior será a corrente elétrica gerada. 
É questionável a relação estilo musical X espessura de corda. Como sempre em música, nem tudo é feito por manual ou regras, o gosto pessoal influencia muito nesta escolha.


Existem logicamente exceções - se você pegar as bandas de metal atual (o chamado NuMetal), é quase impossível encontrar alguma banda em que o guitarrista não use cordas extremamente grossas (0.13 até 0.18), pois a maioria delas usam afinações alternativas extremamente baixas - (D, C#, C e até B) - as cordas ficam muito soltas para produzir aquele peso estrondoso e se forem finas demais, torna-se impossível tocar com estas afinações. Mas observe que muitos destes guitarristas quase não fazem solos, e bends tornam-se mais complicados... o objetivo é bater com força nas bases deste estilo.
Já no metal shreder dos anos 80 (Malmsteen, Taffola, Joe Satriani, Steve Vai, etc..) os guitarristas tinham que tocar muito rápido, então usavam encordoamento 0.9, 0.8...
Mas o gosto pessoal influencia muito...Tony Iommi do Black Sabbath, que é um dos pioneiros do heavy metal toca com cordas 0.8 e consegue muito peso - (devido a um acidente ele não tem as pontas de dois dedos, então ele tem que tocar com cordas finas e consegue o peso na pegada, regulagem de amplificadores, guitarras, captadores, efeitos, etc...)
Em compensação 90% da pegada e do timbre do já falecido guitarrista de blues Stevie Ray Vaughan devia-se a força e técnica da mão esquerda, pois ele usava 0.13 (e até 0.18 algumas vezes) e no blues, diferente do metal, tudo é feito com bends, então imagine a força que ele tinha que impor. Bastava ligar a guitarra no amplificador e já se obtinha um fantástico timbre, com pouquíssimos efeitos. Imagine fazer bends de 2 tons em um encordoamento 0.18 !!... pois ele conseguia...
Eric Clapton, Jimmy Page do Led Zeppelin e Ritchie Blackmore do Deep Purple, legendários guitarristas, usam encordoamento 0.9. Já Eric Johnson só toca com encordoamento 0.10.
Se você for tocar slide, é quase impossível tocar com cordas muito finas, o timbre empobrece de forma a não conseguir atingir os formidáveis efeitos ouvidos no blues, e também, porque um encordoamento mais fino exerce menos tensão para o uso devido do slide, gerando menos sustain e também um ruído indesejável semelhante ao trastejamento.
Enfim, existem algumas variáveis importantes na escolha da espessura da corda...
Para finalizar: uma corda mais grossa dá um som melhor, mas não é todo mundo que consegue tocar com 0.11, 0.12, e também não é toda guitarra que aguenta cordas muito grossas sem empenar braço, as mais baratas certamente não suportam.
Para o blues, provavelmente o encordoamento 0.10 tem a melhor relação timbre X suavidade, não ficando tão pesado e obtendo-se um som muito bom, principalmente se você tem uma guitarra apenas e pretende fazer bastante uso do slide.
Encordoamento 0.11 é recomendado apenas para quem tiver uma mão mais forte e quiser um timbre mais forte.
Lembre-se de que na maioria das guitarras, a regulagem de fábrica é para encordoamento 0.9. Se você pretende utilizar outra espessura de encordoamento, leve sua guitarra à seu Luthier de confiança para que ele ajuste-a para esta nova tensão evitando problemas no braço do seu instrumento.

Uma dica para quem for tocar blues e usar encordoamento 0.10 para cima em guitarras strato é dar preferencia para os trastes tipo “jumbo”, pois ajuda e muito nos bends e no sustain.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

SEIS DICAS DE COMO GASTAR DINHEIRO COM SOM BÁSICO



1 – Quanto menos ligações, melhor
 Qualquer sistema de som, por melhor que seja, sempre altera o som captado de alguma maneira. Obviamente, quanto melhor (e mais caro) o sistema de som, menos ele altera o som de formas indesejadas.
Como custa caro o aluguel de um estúdio foda, ou a compra de bons equipamentos, a melhor solução, na minha opinião, é utilizar os sistemas com o menor número possível de ligações entre componentes. Se possível,utilizando somente o essencial.
Essa é uma das razões pelas quais as interfaces de audio são tão populares até em estúdios profissionais: você espeta o instrumento nela, e o som vai direto para o processamento no computador. É o mesmo raciocínio por trás das pedaleiras digitais: oferecer tudo que um set de pedais oferece, sem o inconveniente de ter que ligar um componente no outro por cabo. E cabo, como todos sabem, é um equipamento feito para dar defeito no dia e na hora do show.
“Mas, Rafa, quer dizer que é ruim usar um monte de coisa ligada?”
Não necessariamente. Às vezes a sonoridade que você quer depende do uso de um sistema gigantesco com várias coisas ligadas. A questão é saber o quanto se ganha e o quanto se perde ligando várias coisas juntas.
2 – Vale a pena ter um microfone de qualidade.
Por motivos óbvios, cantores costumam ter seus próprios mics, mas é um item que quase qualquer instrumentista se beneficiaria em. Se você leva seu microfone de confiança para o show, evita de pegar um mic de procedência duvidosa que a casa te arrumar, e que pode comprometer seu som. Além disso, para alguns instrumentos, a possibilidade de microfonar o som numa conexão sem ruídos é bastante interessante.
Microfones não são caros, considerando-se que duram a vida inteira se você cuidar bem dele. É um investimento que vale a pena. O mesmo raciocínio vale para o cabo no qual você vai plugar o seu microfone.
3 – A direct box é sua amiga
Uma direct box é uma caixinha que permite ligar em entradas XLR (aquelas de microfone) coisas que normalmente se ligam em linha (aquelas do violão, do baixo e da guitarra). A idéia e permitir que se use uma conexão balanceada, e menos sujeita a ruído, tanto para gravar com mais qualidade quanto para utilizar extensões maiores de cabo em shows, além de outras coisas.
Não é um item grande, nem caro, e que também dura a vida inteira. Se o seu instrumento tem entrada para cabo banana, talvez seja legal comprar uma direct box. Outra coisa: existem direct boxes ruins no mercado. Se você for tocar em algum lugar e te arrumarem uma direct box ruim, você resolve o problema com a sua mesmo.
4 – Bons Pré-Amps são tudo que há nessa vida.
Quando se vai gravar, ou ligar um instrumento num sistema de PA, a primeira coisa que se faz com o sinal de audio é dar um ganho nele (se necessário), para que fique menos sujeito a alterações causadas por ruídos do próprio sistema de som. E o circuito pré-amplificador é quem dá esse ganho no sinal.
Um bom sistema de pre-amp vai amplificar o sinal com pouquíssimo ruído sem distorções. Numa mesa, ou numa interface de áudio, esse é o item que mais faz diferença na qualidade de som. Vocês não fazem idéia do quão caro pode ser um bom pre amp, e do quanto que ele pode fazer pelo som que você quer tirar.
Então, na hora de escolher o estúdio pra gravar, ou qual mesa ou interface de som pra comprar, verifique se os pre-amps são bons.
5 – Uma mesa de som é um investimento a se considerar
Numa dessas oficinas de música da vida, tinhamos um grupo grande de músicos e um número reduzido de caixas pra plugar todo mundo. E quem não plugava era engolido pelo som do resto da banda.
Até o dia em que o professor trouxe uma mesinha – nem lembro a marca – e plugou todo mundo na mesa. Passamos a usar os amps como caixas de PA improvisadas.
Claro, não é a melhor solução possível, mas todo mundo se ouviu no final das contas, e ninguem teve que ficar se segurando pra tocar com mais ou menos volume. Pra quem dá aula em grupo, vale a pena.
6 – O bom é o  inimigo do ótimo
Isso eu acho que vale pra qualquer coisa na vida: instrumentos musicais, equipamento de som, carro, computador, whatever: o bom é o inimigo do ótimo.
Equipamentos decentes, com boa relação custo-benefício, podem não ser baratos, mas são “pagáveis” ao menos, nem que você tenha que dividir em várias vezes no cartão de crédito.
Equipamentos melhores, mesmo que um pouco melhores, acabam sendo muito mais caros que os seus equivalentes “piores”. Para um ganho “linear” de qualidade, você tem um aumento “exponencial” de preço, o que nem sempre compensa.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

VALVULADOS X TRANSISTORADOS: A guerra continua!

Fender Frotman 212r. Um dos melhores amplis transistorados.

Vamos falar agora sobre amplificadores, focando principalmente na diferença entre valvulados e transistorizados exemplificando as vantagens e desvantagens de cada um e dando as principais características de ambos.

Começando pelos transistorizados, que são mais populares entre os guitarristas amadores, que não tem a pretensão de um equipamento profissional, apesar da boa resistência o amplificador transistorizado é mais limitado, a ausência das válvulas faz com que o timbre perca qualidade e quando aberto o volume com abundância o som se torna um pouco estridente e desconfortável, as principais vantagens dos transistorizados é a resistência e o preço, o sistema valvulado encarece o amplificador, além de deixa- lô mais sensível e necessitar sempre de algumas manutenções, já o transistorizado é um pouco diferente e mais fácil de se usar, você não precisa ter todo esse cuidado e estar sempre fazendo manutenções, ele é mais resistente, isso se deve ao fato de que as válvulas são equipamentos muito sensíveis e pouco resistente a quedas e mal uso, principalmente quando estão aquecidas, enfim, o ampli transistor é mais prático, porém assim como no lance dos pedais a praticidade não vence a funcionalidade, o timbre de um amplificador a válvulas é maravilhoso e inigualável, esse tipo de amplificador dá o verdadeiro timbre de guitarra, e é um amplificador projetado para se tocar alto e aquecido, ou seja quanto mais alto e mais aquecidas estiverem as válvulas melhor será o seu timbre. Sim!!! ele trabalha dessa forma meticulosa, por isso que quando você chega nos shows, os amplis já estão ligados, e você fica lá que nem bobo achando que o show já vai começar, e os caras só brotam no palco duas horas depois, é interessante antes de começar a tocar deixar o amplificador esquentar um pouco isso conservará mais as válvulas e proporcionará um timbre de melhor qualidade.
Em termos de custo/ beneficio, conservação, manutenção ele é muito mais 'fresco' que o transistor e necessita de certos cuidados para a melhor conservação e  prolongação da vida útil das válvulas, que são consideradas o coração de um amplificador valvulado, pois são elas que darão vida ao seu timbre, e a qualidade do mesmo depende do estado de conservação das válvulas, se você tem um ampli valvulado evite quedas, ao transportá - lô é necessário bastante cuidado, é interessante que o amplificador esteja bem apoiado evitando possíveis balanços e quedas, deixe sempre aquecer por uns quinze minutos antes de tocar, e evite transportá-lô quando ainda estiver aquecido, pois não só as válvulas mas como todo o sistema interno do ampli estará mais sensível.
Meteoro MGV 30. O valvulado mais barato mais barato
do mercado.

Aqui o melhor é mais trabalhoso e mais caro, comparando ambos o valvulado chega a ser as vezes 10 vezes mais caro que um transistor, logicamente dependendo do modelo, o valvulado como visto acima necessita muito mais de cuidados, precauções e manutenções, porém o timbre é muito superior e a ideia do som ficar melhor quando o volume está no talo é perfeita, coisa que o transistor não tem, nos valvulados você pode abrir o quando você quiser que você só tem a ganhar, agora no transistor se você poe o volume no três o som já perde a qualidade, então para se ter um bom timbre no transistor você tem que usar o volume mínimo, ou seja para tocar em um show por exemplo, você precisará de um ampli transistorizado do tamanho do maracanã, dificultando em muito o transporte do equipamento, já o valvulado é ao contrario, quanto mais alto você poe melhor é a qualidade do timbre, o que implica em um amplificador na maioria dos casos nem tão grande e nem tão potente pois a ideia é meter o bicho no talo, o que deixa então o transporte mais confortável, já vi guitarristas fazerem shows grandes com amplificadores valvulados de 25 watts, colocando o ampli no talo e conseguindo um timbre fantástico.
Já experimentei ambos amplificadores, e possuo um valvulado e um transistorizado, só uso o transistor para dar aulas, visando a conservação das válvulas do meu outro ampli, o timbre e a distorção valvulada se mostra muito superior, tanto que quando estou com o valvulado em 105% dos casos uso a distorção do ampli, e quando estou usando o transistor, mesmo que seja só para aulas acabo apelando pro pedal pois o timbre transistorizado não me agrada.

E então..qual usar!!?? Nessa parte a coisa é mais relativa, tem gente que não está afim de gastar muita grana, e nem ter dor de cabeça e apela para os transistorizados, outros prezam por um timbre de boa qualidade e acabam preferindo os valvulados, sou um desses caras, pois para mim o timbre é muito importante, e deve ser tratado como prioridade, então prefiro usar os valvulados, mesmo ciente de todas as controversas que cercam esse ampli.
Experimente, teste, comprove e acha o que mais te agrada, sempre levando em conta a relação custo/ benefícios, qualidade e versatilidade do equipamento e lógico, seu objetivo dentro do âmbito musical.

Um abraço a todos!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

PRIMEIROS PASSOS PARA SEU HOME STUDIO

Escolhendo seu espaço: Criar um grande espaço é difícil em um Home Studio. É óbvio que seu quarto, ou apartamento não foi projetado como um estúdio. Neste tutorial você vai aprender o básico de acústica e como fazer o seu som soar melhor.
Antes de iniciar seu projeto você deve entender o básico de isolamento e acústica.
Quando você escolhe o espaço para ser seu Home Studio, seu objetivo deve ser o de fazê-lo o mais neutro possível. Quando você grava, você quer que seu som seja a melhor representação do que está sendo tocado. Você também quer que seu quarto ou sala seja bem preciso na mixagem. Um ambiente neutro é muito importante.

Absorção: Absorção das ondas sonoras através do ouvido humano.
Com o uso de materiais acústicos apropriados você vai “afinar” sua sala e conseguir produzir belos sons. Um dos meios mais fáceis de se absorver um som é usando carpetes.
O carpete é ótimo para absorver frequências altas mas já não é tão bom para absorver frequências baixas.

Isolamento: Se você tem vizinhos, o isolamento é uma coisa muito importante a se considerar. Seja apenas ouvindo um som através dos monitores ou ensaiando com a banda, manter o som sob controle é extremamente importante.

As placas para isolamento acústico são feitas com espuma flexível de poliuretano especiais para absorção de sons, atenuando sua reverberação.
Outra dica: Não é o caso forrar todo o ambiente com essas placas pois seu som vai ficar muito abafado. O ideal é ter um som sem reverberação na sala mas não um som totalmente abafado. Tem que testar, afinal o que estamos fazendo aqui é tentar acertar o som da sala o mínimo possível para você possa trabalhar em suas gravações.
Obs: Caixa de ovo não adianta nada para acertar o som da sala.

Difusão: Espalhar o som pela sala vai fazer com que você consiga o melhor ambiente para seu Estúdio. Com uma difusão baixa, o som pode se acumular em certas áreas da sala, gerando um som distorcido nesses pontos.Básicamente os materiais necessários são: placas especiais e carpete.É obvio que estamos tentando apenas adequar um ambiente. Claro que construir um ambiente próprio seria muito melhor, com paredes duplas, piso suspenso e teto não paralelo ao chão. Mas isso já é uma outra história!

Vizinhos satisfeitos
Se você é como eu que aluga, você tem vizinhos que preocupam. Ser educado com seus vizinhos e suas necessidades quando você está gravando é muito importante, pois nada é pior do que seu senhorio vir te dizer que você não pode mais alugar seu espaço pois seus vizinhos não aguentam.

Testando seu Isolamento
A primeira coisa a fazer é escutar. Toque algo em um volume normal e ande pela sala e corredores. Se você pode ouvir do lado de fora quando a porta está fechada, provavelmente seus vizinhos também. Neste caso é melhor considerar um bom par de fones de ouvido para suas mixagens.