Quem nunca se deparou
com esse questionamento?
O que é melhor?
·
Qual o melhor custo x benefício?
·
Digital ou analógico?
·
O que é mais versátil?
Todas essas perguntas são respondidas em uma só palavra….
Resposta: DEPENDE!
Tudo vai depender do estilo que você toca, da quantidade de
dinheiro que pretende investir no equipamento, da qualidade do timbre que deseja
obter, da praticidade e facilidade de transporte, entre outros vários quesitos
que devem ser levados em conta na hora de fazer essa escolha.
Primeira coisa a se avaliar: O que eu pretendo tocar?
Quando se tem um estilo musical definido, isto facilita um
pouco as coisas na hora de optar por um set de pedais ou uma pedaleira. Você
não vai precisar de milhões de simulações e efeitos se você toca em um cover de
AC DC, por exemplo. Nestes casos o timbre está bem definido e deve-se optar por
um bom amp, de acordo com estilo que se toca, e um set de pedais simples, que
vão lhe proporcionar os recursos necessários para executar as músicas. As
pedaleiras nesse caso PODEM acabar se tornando vilãs, lhe entregando milhões de
opções que vão te deixar perdido na hora de programar um preset.
Agora se o caso é tocar em uma banda de baile, igreja, ou
qualquer outro caso onde as variações e exigências de timbres são variadas, as
pedaleiras podem se tornar um grande auxílio. Imagine o tamanho do set de
pedais e a quantidade de amplificadores e guitarras que seria necessário
carregar para tocar em um baile de formatura, por exemplo, onde se toca desde
forró/axé até rock/heavy.
Segunda questão: Eu
tenho um bom amplificador?
Se você ainda não conseguiu adquirir um amplificador de
qualidade, as simulações de amplificadores de algumas pedaleiras podem ser a
saída para se obter um som legal. Muitas pedaleiras também possuem a opção de
ser ligada em linha direto na mesa/PA. Não se pode descartar a possibilidade de
“ter” vários modelos de amplificadores top em uma caixinha de metal de menos de
5kg.
“Eu tenho um estilo definido, porém não tenho um bom amp”
Neste caso a avaliação deve ser mais detalhada ainda, pois alguns pedais, por
mais que tenham uma boa qualidade, podem não soar bem em certos amplificadores.
Resumindo: Ligar um TS em um Meteoro de 10W não vai lhe dar um timbre alá SRV.
Terceiro: Aonde eu
vou tocar?
Vários guitarristas pegam estrada e tocam nos mais
diferentes lugares. Nesses casos nem sempre é possível levar o amplificador
junto. Sendo assim, a pedaleira se dá melhor, pois é possível liga-la sem
amplificador ou ainda liga-la no return de algum amplificador qualquer (usando
as simulações). Os pedais, nesses caso, são mais complicados, pois, como já
mencionado anteriormente, não “casam” bem com qualquer amplificador. Ou seja, o
seu overdrive soa maravilhoso no seu amp, porém quando plugado em outro amp,
com características diferentes, pode soar horrível.
Também é importante levar em conta a portabilidade e
robustez dos equipamentos. Alguns pedais ou pedaleiras podem não ser muito
resistentes para pegar a estrada, ou ser muito desajeitados de transportar.
Quarto: Quanto tenho
pra gastar?
A verdade é que montar um bom set de pedais é relativamente
mais caro do que se adquirir um multiefeitos. Voltando a primeira questão: só
toco um estilo de música com um set simples, ex: wah, overdrive, compressor,
delay. Para se montar este set compacto, com pedais de qualidade, será
necessário um investimento médio de aproximadamente R$ 1500,00, preço próximo a
uma pedaleira completa, que lhe fornece zilhões de efeitos. Ou seja, se precisa
de bastante efeitos no seu set, uma pedaleira atenderá melhor às exigências do
seu bolso. Porém se dinheiro não é problema, pedais podem ser uma alternativa
melhor.
Por fim, e mais importante: Qual vai soar melhor?
É preciso lembrar que as pedaleiras SIMULAM pedais e
amplificadores, ou seja, o sinal é processado e modificado digitalmente para se
parecer com o som do equipamento original.
Não estou dizendo que vai soar melhor, nem pior. Vai soar DIFERENTE.
Muitos guitarristas abominam pedaleiras por causa desta
questão: O timbre nem sempre é fiel ao do pedal. Isso era muito nítido nos
processadores de efeitos mais antigos, onde os timbres eram extremamente
“digitalizados” e pasteurizados e, comparados aos pedais, eram extremamente
inferiores. Hoje em dia os processadores evoluíram bastante, chegando ao ponto
de, certas vezes, não se conseguir distinguir o pedal original do som simulado
da pedaleira.
A melhor saída com relação a esta questão é testar e
comparar qual vai soar mais de acordo com aquilo que se espera.
Vale lembrar que é possível misturar as duas opções. Algumas
pedaleiras possuem loop de efeitos onde se pode ligar pedais separados,
adicionando-os à cadeia de efeitos.
Também deve se considerar o fator “sapateado”. Quando se tem
um set com um grande número de pedais, sua operação em situações ao vivo pode
se tornar complicada, pois é necessário pisar diversos pedais para chegar ao
som desejado. Isso pode ser resolvido com um pedal switcher, porém é um ponto a
mais para pedaleiras, onde pode-se alterar infinitos parâmetros em uma só
pisada.