segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

SEIS DICAS DE COMO GASTAR DINHEIRO COM SOM BÁSICO



1 – Quanto menos ligações, melhor
 Qualquer sistema de som, por melhor que seja, sempre altera o som captado de alguma maneira. Obviamente, quanto melhor (e mais caro) o sistema de som, menos ele altera o som de formas indesejadas.
Como custa caro o aluguel de um estúdio foda, ou a compra de bons equipamentos, a melhor solução, na minha opinião, é utilizar os sistemas com o menor número possível de ligações entre componentes. Se possível,utilizando somente o essencial.
Essa é uma das razões pelas quais as interfaces de audio são tão populares até em estúdios profissionais: você espeta o instrumento nela, e o som vai direto para o processamento no computador. É o mesmo raciocínio por trás das pedaleiras digitais: oferecer tudo que um set de pedais oferece, sem o inconveniente de ter que ligar um componente no outro por cabo. E cabo, como todos sabem, é um equipamento feito para dar defeito no dia e na hora do show.
“Mas, Rafa, quer dizer que é ruim usar um monte de coisa ligada?”
Não necessariamente. Às vezes a sonoridade que você quer depende do uso de um sistema gigantesco com várias coisas ligadas. A questão é saber o quanto se ganha e o quanto se perde ligando várias coisas juntas.
2 – Vale a pena ter um microfone de qualidade.
Por motivos óbvios, cantores costumam ter seus próprios mics, mas é um item que quase qualquer instrumentista se beneficiaria em. Se você leva seu microfone de confiança para o show, evita de pegar um mic de procedência duvidosa que a casa te arrumar, e que pode comprometer seu som. Além disso, para alguns instrumentos, a possibilidade de microfonar o som numa conexão sem ruídos é bastante interessante.
Microfones não são caros, considerando-se que duram a vida inteira se você cuidar bem dele. É um investimento que vale a pena. O mesmo raciocínio vale para o cabo no qual você vai plugar o seu microfone.
3 – A direct box é sua amiga
Uma direct box é uma caixinha que permite ligar em entradas XLR (aquelas de microfone) coisas que normalmente se ligam em linha (aquelas do violão, do baixo e da guitarra). A idéia e permitir que se use uma conexão balanceada, e menos sujeita a ruído, tanto para gravar com mais qualidade quanto para utilizar extensões maiores de cabo em shows, além de outras coisas.
Não é um item grande, nem caro, e que também dura a vida inteira. Se o seu instrumento tem entrada para cabo banana, talvez seja legal comprar uma direct box. Outra coisa: existem direct boxes ruins no mercado. Se você for tocar em algum lugar e te arrumarem uma direct box ruim, você resolve o problema com a sua mesmo.
4 – Bons Pré-Amps são tudo que há nessa vida.
Quando se vai gravar, ou ligar um instrumento num sistema de PA, a primeira coisa que se faz com o sinal de audio é dar um ganho nele (se necessário), para que fique menos sujeito a alterações causadas por ruídos do próprio sistema de som. E o circuito pré-amplificador é quem dá esse ganho no sinal.
Um bom sistema de pre-amp vai amplificar o sinal com pouquíssimo ruído sem distorções. Numa mesa, ou numa interface de áudio, esse é o item que mais faz diferença na qualidade de som. Vocês não fazem idéia do quão caro pode ser um bom pre amp, e do quanto que ele pode fazer pelo som que você quer tirar.
Então, na hora de escolher o estúdio pra gravar, ou qual mesa ou interface de som pra comprar, verifique se os pre-amps são bons.
5 – Uma mesa de som é um investimento a se considerar
Numa dessas oficinas de música da vida, tinhamos um grupo grande de músicos e um número reduzido de caixas pra plugar todo mundo. E quem não plugava era engolido pelo som do resto da banda.
Até o dia em que o professor trouxe uma mesinha – nem lembro a marca – e plugou todo mundo na mesa. Passamos a usar os amps como caixas de PA improvisadas.
Claro, não é a melhor solução possível, mas todo mundo se ouviu no final das contas, e ninguem teve que ficar se segurando pra tocar com mais ou menos volume. Pra quem dá aula em grupo, vale a pena.
6 – O bom é o  inimigo do ótimo
Isso eu acho que vale pra qualquer coisa na vida: instrumentos musicais, equipamento de som, carro, computador, whatever: o bom é o inimigo do ótimo.
Equipamentos decentes, com boa relação custo-benefício, podem não ser baratos, mas são “pagáveis” ao menos, nem que você tenha que dividir em várias vezes no cartão de crédito.
Equipamentos melhores, mesmo que um pouco melhores, acabam sendo muito mais caros que os seus equivalentes “piores”. Para um ganho “linear” de qualidade, você tem um aumento “exponencial” de preço, o que nem sempre compensa.